sábado, 15 de outubro de 2011

A comovente história da mulher que decidiu que filho salvar


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Wardo Mohamud Yusuf, de 29 anos caminhou durante duas semanas para o Quênia  com seus dois filhos, um de quatro anos e um bebê de 12 meses para fugir da fome. Seu filho maior ficou exausto e caiu desmaiado, a mãe deteve-se, verteu um pouco de água sobre sua cabeça, mas estava inconsciente e não conseguiu reanimá-lo. Desesperada ela pediu ajuda, mas ninguém parou.
Foi aí que Wardo teve que tomar a decisão que nenhuma mãe gostaria de enfrentar:
- “Finalmente decidi deixá-lo para trás, no caminho e ao amparo de Deus. Agora volto a experimentar a dor de abandonar meu filho. Acordo todas as noites e penso nele. Sinto-me aterrorizada quando vejo uma criança de sua idade”, confessou a mãe já na cidade de Dadaab.
Deixar no caminho um filho para salvar a vida outro, marca por toda a vida a muitos pais que hoje fogem de seu país para tentar sobreviver em outro lugar. O doutor John Kivelenge, especialista em saúde mental do Comitê Internacional de Resgate em Dadaab, admite que a mãe somali não tinha outra opção.
- “É uma reação normal a uma situação anormal. Eles não podem se sentar e esperar a morte juntos. Mas após um mês, sofrerão uma desordem por estresse pós-traumático, o que significa que terão lembranças e pesadelos”, explicou.
O caso de Wardo não é único. Faduma Sakow Abdullahi também tratava de chegar a Dadaab com um bebê e com seus outros filhos de cinco, quatro, três e dois anos. Estavam a ponto de chegar ao acampamento, um dia de distância, quando se detiveram para descansar um instante. Seus dois filhos maiores deitaram-se, mas não voltaram a levantar.
Sakow perguntou-se o que fazer. Levava água em um garrafão de plástico de cinco litros, mas não era suficiente para todos. Decidiu que devia abandonar os seus dois filhos de cinco e quatro anos, mas não foi fácil. Afastava-se e voltava sobre seus passos, incapaz de ir, até que se deu conta de que a vida de seus outros filhos também estava em perigo e que não podia esperar.
Segundo a ONU, mais de três milhões de pessoas precisam de ajuda imediata para salvar sua vida.
Fonte:mdig

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